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sábado, 7 de novembro de 2015

Histórias do Futebol - E.C. Água Santa, de Diadema (SP) vai da várzea à primeira divisão paulista em 4 anos

olá amigos,

Veja a história do Água Santa, que consegui acesso no campo.

A FPF federação Paulista quer barrar o clube, alegando que seu estádio não tem a capacidade mínima exigida - 10.000 pessoas.

O clube, com a ajuda da prefeitura, corre contra o tempo para ampliar o estádio.

Hoje,07.11.2015 houve um acidente e caiu parte da nova arquibancada.


Fonte:Globo.com


VEJA A HISTÓRIA DO E.C. ÁGUA SANTA -DIADEMA (SP)

distintivo atual

O torcedor que viu o Esporte Clube Água Santa ser campeão amador de Diadema em 2010 certamente não imaginou que comemoraria o acesso à elite do Paulistão apenas cinco anos mais tarde. Depois de estrear em competições profissionais em 2013, o Netuno, como é conhecido na cidade, alcançou um feito inédito no estado de São Paulo. Com três acessos consecutivos, jogará a primeira divisão paulista na próxima temporada.
Fundado em 1981 para disputar os campeonatos de várzea, o Água Santa se profissionalizou trinta anos mais tarde. Em 2012, preferiu disputar campeonatos de base, e começou a meteórica saga na temporada seguinte. O último obstáculo foi cumprido no último domingo, quando deixou a Série A-2 para trás. O lema do time mostra que a fé também entra em campo: "Deus não alimenta um sonho em sua mente que não possa ser realizado".

distintivo antigo
As palavras estão estampadas em um dos setores do Estádio Municipal José Batista Pereira Fernandes, conhecido como Distrital do Inamar e lotado em todos os compromissos do time de Diadema, cidade operária, do chamado "ABCD paulista", na Grande São Paulo. 
Se antes a missão do Água Santa era representar o Jardim Inamar na várzea, a responsabilidade atual é de função social em uma cidade carente de lazer. Desta forma, os 6.500 lugares do campo "distrital" não comportam a demanda de torcedores. Há quem acompanhe o jogo da rua. 
Agua Santa Treino (Foto: Yan Resende)Treino do Água Santa no Estádio Municipal José Batista Pereira Fernandes, em Diadema (Foto: Yan Resende)

UM SÓ TREINADOR
Chamado em 2013 para treinar o Água Santa na quarta divisão, o técnico Márcio Ribeiro conseguiu algo raro no futebol nacional. O comandante permaneceu na equipe nas últimas três temporadas e agora colhe o fruto do trabalho a longo prazo. Pela primeira vez, um treinador alcança três acessos consecutivos pelo mesmo clube no estado de São Paulo: a chamada Segunda Divisão em 2013, a Série A-3 em 2014 e agora a Série A-2 em 2015. Será que vai ser mantido no cargo para a Série A-1 em 2016?
– A gente tinha o limite de cinco anos para chegar à primeira divisão. O diferencial foi o conjunto dessa equipe. O repasse financeiro que a diretoria deu foi fundamental, encontramos uma torcida apaixonada, uma cidade que precisava de lazer, e fomos felizes na montagem do elenco. Trouxemos jogadores com vontade de encarar o projeto – disse o "professor".
Agua Santa Técnico Marcio Ribeiro (Foto: Yan Resende)Técnico Marcio Ribeiro comandou o time nas Séries B, A-3, A-2 e conseguiu o acesso para a A-1 (Foto: Yan Resende)
Entre estes nomes dispostos a encarar o projeto, Francisco Alex veste a 10. O meia chegou a defender o São Paulo em 2007 e, depois disso, ainda como jogador do clube do Morumbi, ganhou experiência pelo interior do estado, emprestado a outros clubes. Encontrou amigos no Água Santa. 
– O que diferencia é a união do grupo, isso favorece muito. O pessoal tem dado todo suporte para a gente desenvolver o melhor dentro de campo. O resultado está aí. Na várzea, o Água Santa ficou acostumado ser campeão, então quem chegou pegou esse espírito – explicou o camisa 10 do Netuno.
Agua Santa Francisco Alex Treino (Foto: Yan Resende)Francisco Alex, ex-São Paulo, é o camisa 10 do Água Santa (Foto: Yan Resende)

SONHAR NÃO CUSTA NADA
A reportagem do GloboEsporte.com visitou a antiga sede do Água Santa. Localizada na estreita Rua dos Manacás, ela acabou perdendo espaço para o reformado estádio e foi transformada em um bar pelos torcedores. 
O escudo do clube anterior à profissionalização, no entanto, ainda está pintado na parede da frente. No lado de dentro, troféus e quadros antigos – que diariamente são limpos para manterem o brilho – ficam expostos em torno de uma mesa de sinuca. Durante a visita, os frequentadores do local aproveitavam, entre um copo e outro de cerveja, para relembrarem os feitos do passado e sonharem com um futuro promissor. 
Ao lado de troféus da várzea e de fotos dos primeiros times da década de 80, a reportagem encontrou também um grupo de torcedores tradicionais do clube. A reunião de amigos foi feita para organizar a última caravana da Série A-2, com destino a Rio Claro – cidade onde o acesso foi concretizado. Alguns minutos foram suficientes para perceber a relação destes torcedores e moradores com o time. A procura por ingressos, mesmo em um jogo fora de casa, era grande. O sorriso de quem vivencia o Água Santa diariamente não cabia no rosto.
Agua Santa Torcida (Foto: EC Água Santa)Torcedores do Água Santa: da várzea à elite paulista (Foto: EC Água Santa)
Também era dia de treino no Distrital do Inamar. E a neblina e o frio não impediram que Domingos Doia do Nascimento acompanhasse tudo de perto. "Barba", como foi apelidado pelos colegas, é vice-presidente da torcida uniformizada Tubarão Azul, e comparece a todos os jogos. Enquanto assistia ao treinamento, revelou ser audacioso em seus sonhos. 
– Eu não imaginava que chegaria à primeira divisão, começamos a pensar nisso quando o profissional se tornou realidade. Nós não éramos nada há dois anos, éramos torcedores de várzea, que invadiam o campo e ficavam tomando cachaça. Agora temos de sonhar. Seremos campeões da primeira divisão e faremos como o São Caetano: disputaremos a Libertadores – projetou o sorridente Barba. 



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